Fundação Promon > Informações Financeiras

Informações Financeiras

A FPPS em 2021


A Fundação Promon de Previdência Social (FPPS) foi fundada em 1975 e é a mais antiga entidade fechada de previdência complementar patrocinada por empresa do setor privado em atividade no país.

 

Contando com ativos totais de seus dois planos previdenciários na ordem de R$ 1,79 bilhão no fim de 2021, a entidade vem, ao longo de sua trajetória, contabilizando realizações importantes e cumprindo seu objetivo de auxiliar seus participantes a conquistar um futuro financeiramente mais tranquilo. Os resultados financeiros expressivos, conjugados à qualidade e à atenção dada ao relacionamento com seus participantes, atestam a solidez e a eficácia da entidade no cumprimento de seu propósito.

 

Em 2021, a entidade pagou R$ 130,9 milhões em benefícios aos seus 758 participantes assistidos e recebeu contribuições previdenciárias no valor de R$ 15,1 milhões de seus 1.605 participantes ativos e autopatrocinados. No total, a Fundação finalizou o período com 2.476 participantes, uma redução de cerca de 5% frente ao ano anterior.

 

O plano Promon MultiFlex, da modalidade contribuição definida, vigorou em 2021 sob o regime de seu novo regulamento, que introduziu um conjunto de inovações importantes, a fim de tornar o plano mais contemporâneo e adequado às necessidades, em especial, dos participantes mais jovens, despertando, sobretudo, a importância do planejamento previdenciário e o papel da FPPS como aliada nesse processo. Os participantes ativos e as patrocinadoras passaram a conviver, pela primeira vez desde o lançamento do plano, em 2005, com um modelo de repique das contribuições normais, ao passo que os participantes autopatrocinados passaram a contar com condições de custeio bem mais facilitadas.

 

O plano Promon MultFlex encerrou o ano de 2021 com 1.968 participantes e ativos totais da ordem de R$ 824 milhões, que apresentaram uma rentabilidade de 0,78%, abaixo do CDI, cuja variação foi de 4,40%, e da inflação medida pelo INPC, que foi de 10,16%.

 

O plano Promon BásicoPlus, da modalidade benefício definido, que está fechado para novas adesões desde 2005, contava com 508 participantes e ativos totais de R$ 966 milhões no fim de 2021. Registrou uma rentabilidade de 13,06% no ano, ligeiramente abaixo da meta atuarial anual do plano, que foi de 15,12%, correspondente à variação da inflação medida pelo INPC mais 4,50%. Ainda assim, o superavit técnico do plano se manteve em patamar elevado, da ordem de R$ 144,4 milhões, em adição ao fundo previdencial no valor total de R$ 88,7 milhões, formado por valores excedentes de exercícios anteriores, sendo: (i) saldo de R$ 57,1 milhões do fundo constituído no fim de 2017 para destinação aos participantes e patrocinadoras, já deduzidos os valores distribuídos ao longo de 2021, e (ii) novo montante de R$ 19,9 milhões, a ser destinado aos participantes e patrocinadoras e constituído por ocasião do encerramento de 2021, dada a apuração final do resultado do exercício.

 

O desempenho dos planos no ano – em especial do plano Promon MultiFlex, por não fazer uso do expediente exclusivo aos planos de benefício definido, como o Promon BásicoPlus, que é a “marcação a vencimento” dos títulos públicos que compõem sua carteira – reflete a gravidade do cenário econômico-financeiro enfrentado e, certamente, demonstra o desafio na alocação dos investimentos em um ambiente de forte pressão inflacionária.

 

A inflação no Brasil, que superou a casa de 10% no ano, surpreendeu largamente os agentes financeiros, tendo em vista que sua expectativa inicial era de que o IPCA seria pouco superior a 3,00% no ano, conforme Relatório Focus – Expectativas de Mercado, publicado pelo Banco Central do Brasil (BCB) em 4 de janeiro de 2021.

 

A surpreendente alta inflacionária veio acompanhada de uma elevação intensa do nível dos juros pelo Banco Central a partir de um patamar extremamente baixo, tomando por base a taxa Selic, que, após ter atingido sua mínima histórica de 2,00% entre agosto de 2020 e março de 2021, como efeito da desaceleração econômica provocada pela pandemia da Covid-19, encerrou o ano em 9,25% na esteira de sucessivas altas promovidas pelo BC.

 

Adicionalmente, pairou sobre os mercados financeiros, durante boa parte do ano, a ameaça iminente de revisão da política monetária, em especial pelos Estados Unidos, o que levaria, senão à retirada total e imediata dos enormes estímulos de liquidez ofertados após a pandemia, pelo menos à sua redução gradual, sob risco de comprometer, em alguma medida, a sustentação do apetite dos investidores por ativos de risco. Ainda que medidas concretas não tenham sido efetivadas por parte do Federal Reserve (o banco central americano), o fato é que o ambiente ficou negativo, particularmente no caso dos países emergentes, como o Brasil.

 

A partir desse panorama, a Fundação buscou realizar alterações nos investimentos, visando a adequação das carteiras de seus dois planos, reduzindo, conforme a evolução do cenário, a alocação nos segmentos mais expostos a riscos de mercado, como renda variável e investimentos imobiliários. Esses segmentos haviam conquistado um espaço maior nos portfólios nos anos anteriores, uma vez que o nível de rentabilidade dos ativos de menor risco atravessava um patamar historicamente baixo.

 

Com a complexidade crescente na gestão dos investimentos, a Fundação Promon implementou uma prática já consagrada nos manuais de governança, ao reforçar a composição de seu Comitê de Investimentos agregando profissionais externos especializados, que se juntaram aos membros internos oriundos dos quadros das patrocinadoras e participantes dos planos da Fundação. Assim, o Conselho Deliberativo da Fundação, fazendo uso de suas atribuições estatutárias, designou Claudia Avidos e Guilherme Benites, ambos profissionais renomados e com vasta experiência no mercado financeiro, especialmente no âmbito previdenciário.

 

Dentre os temas que têm sido discutidos no âmbito do Comitê de Investimentos, está a implantação de diferentes perfis de investimentos para os participantes do plano Promon MultiFlex, que passariam a ter acesso a outras carteiras de investimentos, além da atual, diferenciadas em função da maior ou menor tolerância ao risco de cada participante.

 

Em 2021, mesmo com o avanço do número de pessoas vacinadas, o novo coronavírus continuou presente, especialmente por força de suas novas variantes, mantendo muitas organizações em trabalho remoto. O novo formato de trabalho, com uso de tecnologias colaborativas, permitiu que a Fundação Promon continuasse a operar e, ao mesmo tempo, cuidar de sua equipe, já que o trabalho pôde ser feito da forma mais segura e saudável possível diante das circunstâncias.

 

A despeito do distanciamento social, o relacionamento próximo com os participantes continuou sendo uma prioridade da Fundação. Ajustes foram feitos na comunicação, o que favoreceu a flexibilidade e a aquisição de um fluxo mais intenso e constante, além de uma linguagem mais leve e clara, capaz de atingir e atrair públicos com perfis bem diversificados.

 

Com a efetivação das mudanças de regulamento do plano Promon MultiFlex, a equipe da Fundação Promon também precisou se capacitar em conceitos de vendas e marketing, já que a adesão de novos funcionários passou a não ser mais automática, como acontecia antes das alterações regulamentares. O índice de adesão à Fundação dos profissionais contratados pelas patrocinadoras a partir de janeiro de 2021 foi da ordem de 38% dos profissionais que decidiram aderir ao plano.

 

Soma-se a esses desafios o contínuo trabalho da Fundação Promon em conscientizar os participantes sobre a importância da acumulação de uma reserva robusta para o longo prazo. Nesse trabalho, foram incluídos, além das iniciativas já realizadas, vídeos curtos e didáticos, que integram a série chamada “Vem com a Gente”, com excelente repercussão entre o público-alvo.

 

O website do programa de educação financeira da entidade foi tornado público, sem necessidade de senha, de modo a facilitar o acesso de todos às informações, tornando-se assim um importante canal de divulgação de notícias, artigos, vídeos e cursos de teor financeiro e previdenciário, cujo acervo de informações está à disposição de todos os participantes. Além disso, o website da Fundação foi reestruturado, com a incorporação de novas informações sobre os planos.

 

Seguindo uma tradição de décadas, a FPPS segue engajada em iniciativas de organizações parceiras que contribuem para o desenvolvimento do setor previdenciário complementar. Nossos profissionais participam de comitês técnicos da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) e do Grupo de Profissionais de Fundos de Pensão (GPFP), e um de seus executivos compõe a diretoria da Associação dos Fundos de Pensão e Patrocinadores do Setor Privado (Apep).

 

Todo esse trabalho vem merecendo o reconhecimento dos participantes dosdois planos administrados pela entidade. A pesquisa realizada anualmente demonstrou, em uma escala de zero a dez, um grau de satisfação dos participantes com a Fundação na ordem de 9,0, uma nota que vem se mantendo nesse alto patamar nos últimos anos.

 

Além disso, a Fundação Promon obteve o “Selo de Engajamento Profissional”, resultado de uma pesquisa respondida pela própria equipe da Fundação, promovida pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) e pelo Instituto Ibero-Brasileiro de Relacionamento com o Cliente (IBRC), registrando uma pontuação acima de 96%.

 

Também no ano de 2021, tivemos a mudança de endereço da Fundação para um espaço mais moderno e adequado às suas necessidades, com autonomia frente às suas patrocinadoras e com custo de aluguel compatível com o escritório anterior. O escritório tem acolhido eventualmente profissionais da Fundação, que recorrem ao espaço de maneira flexível e seguindo sempre um rígido protocolo sanitário.

 

A Fundação continuou a evolução de seus processos de controles internos e de gestão de riscos. Em 2021, deu seguimento ao seu plano de melhorias contínuas em seus processos de trabalho, com apoio de auditoria externa independente.

 

A Fundação segue prosperando no desafio de transformar seu ambiente cada vez mais eficiente e digitalizado. Já estão em funcionamento e on-line os procedimentos de ambientação e de adesão de novos participantes, além dos de alteração de contribuição. Seguem em desenvolvimento, com finalização prevista para os próximos meses, os procedimentos para alteração de cadastro, um novo website (área pública) da Fundação e um novo portal do participante (área restrita).

 

A entidade mantém-se, assim, viva e inovadora, administrando com solidez, rigor e transparência os recursos de seus planos previdenciários e fazendo-se sempre presente, fiel ao propósito que inspirou sua criação: ser um parceiro para auxiliar a viabilização de uma aposentadoria mais tranquila para seus participantes.