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30/12/2013 - Aposentadoria: como vai ser seu futuro?

Para manter um padrão de vida na aposentadoria semelhante ao período na ativa só há uma receita: planejar esse futuro desde cedo, poupar e realizar investimentos que possam garantir recursos para complementar os  valores pagos pelo INSS. Quanto? Como? Há muitos caminhos a serem seguidos. Ajudar os profissionais do Grupo Promon a refletir sobre o assunto e orientar as suas escolhas é o objetivo de um conjunto de iniciativas que a Fundação Promon de Previdência Social (FPPS) lançará em 2014, entre elas um programa estruturado de educação financeira e previdenciária. Nesta entrevista, Wagner Tirolli e Mario Ribeiro falam sobre a importância do planejamento da aposentadoria e sobre como a FPPS pode ser uma importante aliada na estratégia traçada por cada um.


Fundação Informa (FI) - O que levou a FPPS a estruturar novas ações voltadas aos participantes?

Wagner Tirolli (WT) - Nós queremos ter uma atuação mais próxima dos participantes, porque vivemos um tempo de fortes mudanças, que vão impactar a vida das pessoas, e elas precisam refletir sobre isso. Planejar o futuro após a aposentadoria é responsabilidade de cada um. Não estamos falando apenas do profissional que hoje está trabalhando na Promon ou do participante da FPPS. Se a pessoa for trabalhar em outra empresa, resolver tornar-se autônomo ou criar seu próprio negócio, ela continuará sendo responsável por planejar o seu futuro e pelo padrão de vida que conseguirá ter depois que deixar a ativa. É evidente que contar com um fundo de previdência privada  nosso ajuda. Mas a maioria dos indivíduos não costuma fazer as contas ou simular cenários. Será que aquilo que ele vai receber do INSS mais as reservas acumuladas em sua conta da FPPS a partir dos aportes das patrocinadoras (as empresas do Grupo Promon) serão suficientes? Para muitos, talvez a resposta seja “não”, mas depende de cada um. Para alcançar seus objetivos, a pessoa terá de buscar outras fontes para obter os recursos necessários: fazer contribuições adicionais no seu plano da FPPS, investir em ações da Promon, em imóveis, planos VGBL ou em outros produtos bancários... são muitas as alternativas. Mas o primeiro passo é a pessoa ter consciência de que seu futuro na aposentadoria dependerá do que ela faz no presente.


FI - Mas vocês acham que as pessoas não pensam nisso?

WT - A maioria pode até pensar no assunto. Mas nem todos têm uma visão de suas reais perspectivas na aposentadoria, que fazem um planejamento e, mais que isso, que cumprem esse planejamento. Há inúmeras explicações para isso. Uma delas é que poucos percebem as fortes mudanças ocorridas ao longo dos últimos anos, a começar da expectativa de vida. Hoje, um indivíduo que se aposenta aos 60 anos de idade vai viver mais 25, 30 anos.


Outra coisa que mudou foi o modelo de plano de previdência privada nas empresas que oferecem esse benefício. Ele era do tipo Benefício Definido, ou seja, o participante sabia qual seria a renda que teria em sua aposentadoria e a receberia enquanto vivesse. Atualmente, a maioria dos planos são do tipo Contribuição Definida, como é o caso de nosso MultiFlex, que é um plano em quotas, cujo  benefício de aposentadoria a ser recebida no futuro dependerá do total que o participante acumulou em sua conta, da rentabilidade das quotas do plano e do prazo escolhido. Ou seja, dependendo da rentabilidade das quotas e do valor que a pessoa retirar ao longo dos anos de aposentadoria, esse dinheiro poderá acabar antes do tempo desejado.
Além disso, os brasileiros, culturalmente, não têm o hábito da poupança. Têm o hábito do consumo. Deveriam pensar duas vezes, porque hoje, com o cenário de queda de juros, para chegar a um mesmo objetivo de renda estabelecido para a aposentadoria, as pessoas precisam aumentar a sua poupança ou contribuir por mais tempo.


FI - E como a FPPS pretende ajudar?

WT - Nós já temos iniciativas voltadas ao participante. Mantemos um serviço de atendimento pessoal, que está à disposição para ajudá-lo a fazer simulações, orientá-lo sobre quais alternativas ele tem para alcançar seus objetivos na aposentadoria e apoiá-lo nesse planejamento. Além disso, no Portal do Participante, um dos nossos novos sites, ele encontra várias informações e uma ferramenta que permite simulações simples. Mas estamos trabalhando para ter um conjunto mais estruturado de ações. Uma das importantes iniciativas em pauta é o Programa de Educação Financeira e Previdenciária que devermos lançar ao longo de 2014. Também planejamos encontros, palestras, publicação de artigos, e outras ações. No início de 2014,  realizaremos o primeiro Encontro com a Fundação, um evento em que os participantes poderão interagir com os dirigentes da FPPS em um ambiente de diálogo aberto para esclarecer dúvidas, fazer questionamentos e apresentar sugestões.  


Com essas ações, queremos provocar as pessoas, fazer com que elas reflitam sobre o assunto aposentadoria e oferecer informações para ajudá-las a planejar, mostrando as várias alternativas de poupança e investimento, o que esperar de cada uma delas, riscos e benefícios. Entre essas alternativas está o próprio plano Promon MultiFlex, que é uma opção bastante interessante. Além do que as patrocinadoras depositam, o participante pode fazer aportes adicionais.


FI - Quanto às patrocinadoras depositam?

Mário Ribeiro (MR) - As patrocinadoras depositam 5% do salário nominal, que é a contribuição regulamentar. Elas também podem colocar, embora não sejam obrigadas, mais 3% da chamada “contribuição normal”. Desde a criação do plano Promon MultiFlex as patrocinadoras têm depositado mensalmente os 8%.  Isso vai formando uma reserva, que vai sendo capitalizada. Mas o participante deveria pensar em suas expectativas para o futuro e fazer simulações para ver o que essa reserva lhe proporcionará. Para um participante que pretende se aposentar aos 60 anos e que deseja um determinado valor como aposentadoria mensal, o montante de reserva a ser constituída ao longo de sua vida profissional deve ser, aproximadamente, 220 vezes o valor mensal pretendido..


FI - A começar do fator segurança, o que levaria a pessoa a investir recursos adicionais no plano da FPPS?

WT - Em primeiro lugar é bom ressaltar que a Fundação é uma entidade independente da Promon. As empresas do Grupo são as patrocinadoras, mas a FPPS é uma entidade independente. A gestão é independente e o patrimônio é segregado, não tendo relação com as aplicações dos patrocinadores. A FPPS é regida por um sólido modelo de governança. De um lado, temos a governança externa, exercida por meio dos órgãos do Ministério da Previdência Social: a Secretaria de Políticas da Previdência Complementar (SPPC), que é normativo; e a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC), que tem função fiscalizadora. E temos a governança interna, que tem como principais elementos a Diretoria Executiva, o Conselho Deliberativo e o Conselho Fiscal, além de um Comitê de Investimentos. Nos conselhos, temos representantes das patrocinadoras e dos participantes, escolhidos por meio de eleição, com mandatos trienais.


Hoje, somados os dois planos, a FPPS gere um patrimônio superior a R$ 1 bilhão. O plano Promon BásicoPlus (fechado em 2005), que é o mais antigo, tem cerca de R$ 650 milhões e o Promon MultiFlex, R$ 470 milhões. Ao todo, temos cerca de 2.700 participantes, dos quais aproximadamente 650 são aposentados, 1.700 funcionários ativos e 350 autopatrocinados


FI - E qual a vantagem de investir no Promon MultiFlex em relação a outras alternativas oferecidas no mercado financeiro?

MR - Uma vantagem é em relação ao Imposto de Renda. Contribuições equivalentes a até 12% do salário são deduzidas da base de cálculo do IR. Além disso, nosso plano congrega uma diversidade de investimentos por classe de ativos que um pequeno investidor dificilmente teria condições de fazer. Nós aplicamos em renda fixa, bolsa, imóveis, fundos de participação, dentre outros e fazemos a gestão desses ativos. Ao aplicar o dinheiro no Promon MultiFlex, o participante adquire quotas que vão se rentabilizar a partir dos investimentos que fazemos, em linha com a nossa Política de Investimentos.


Outro ponto é que o participante vai pagar menos por essa aplicação do que se optasse por um fundo de banco ou de uma corretora. A FPPS não visa lucro. Já uma instituição financeira, ao vender qualquer dos seus produtos, busca lucrar com isso.


Em termos de rentabilidade, os números do nosso plano falam por si. Desde que foi criado, em 2005, o Promon MultiFlex acumula uma rentabilidade de 170%. No mesmo período, o CDI (Certificado de Depósitos Interbancários) foi de 143% e a inflação medida pelo INPC foi de 52%


FI - Então, fazer aportes adicionais no Promon MultiFlex é uma ótima opção?

MR - Fazer aportes adicionais ao nosso plano é, sim, uma boa alternativa de investimento. Mas a melhor opção para quem quer ter um futuro tranquilo na aposentadoria vai muito além. A pessoa tem de refletir, fazer simulações, planejar, estabelecer seus objetivos, poupar e buscar as melhores alternativas de investimentos de acordo com o seu perfil, a sua idade atual e a idade em que pretende deixar a ativa. Essa é uma boa receita de aposentadoria mais tranquila para qualquer um – sendo ou não participante da FPPS, trabalhando na Promon ou em qualquer outro lugar.