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Informações Financeiras

A FPPS em 2019


A Fundação Promon de Previdência Social (FPPS) foi fundada em 1975 e é a mais antiga entidade fechada de previdência complementar patrocinada por empresa do setor privado em atividade no país.

 

Contando com ativos totais de seus dois planos previdenciários na ordem de R$ 1,73 bilhão no fim de 2019, a entidade vem, durante essas mais de quatro décadas, contabilizando realizações importantes e cumprindo com o seu objetivo de contribuir para que seus participantes tenham um futuro financeiramente mais tranquilo. Os resultados expressivos atestam a solidez e a eficácia das estratégias adotadas na gestão dos recursos financeiros de seus participantes.

 

Ao longo do ano, a entidade pagou R$ 84,1 milhões em benefícios previdenciários aos seus 755 participantes assistidos e recebeu contribuições no valor de R$ 17,3 milhões para seus 1.784 participantes ativos e autopatrocinados. No total, a Fundação finalizou o período com 2.663 participantes, um crescimento de cerca de 6,6% frente ao ano anterior.

 

O plano Promon MultiFlex, da modalidade contribuição definida, encerrou o ano com 2.140 participantes e ativos totais da ordem de R$ 783,0 milhões, que apresentaram uma rentabilidade de 12,7%, significativamente acima do CDI, cuja variação foi de 6,0%, e cerca de 7,9% acima da inflação medida pelo INPC. O bom desempenho do plano demonstra o acerto das decisões de alocação de sua carteira de investimentos, sempre permeadas pelo espírito de preservação de capital natural ao objetivo previdenciário do plano e aderentes ao perfil de risco dos participantes do MultiFlex.

 

O plano Promon BásicoPlus, da modalidade benefício definido e fechado para novas adesões desde 2005, apresentava 523 participantes e detinha ativos totais de R$ 943,1 milhões no fim de 2019. Registrou uma rentabilidade de 12,5% no ano, bem acima de sua meta atuarial de 10,1%. Isso possibilitou o registro de um superavit técnico ainda maior do que no período anterior, de R$ 156,4 milhões, em adição ao fundo já constituído no fim de 2017 para destinação em parte aos seus participantes e em parte às patrocinadoras, que alcançou o patamar de R$ 113,1 milhões no fim do exercício. Esse valor é fruto de valores excedentes de exercícios anteriores.

 

Alterações significativas nos investimentos foram realizadas durante o período, com o objetivo de adequar as carteiras dos dois planos à nova realidade econômica do país. Na renda fixa, foram instituídos três novos fundos multimercados institucionais exclusivos, após um intenso processo de seleção que buscou os melhores gestores para esse tipo de ativo. Nos investimentos no exterior, a Fundação optou por encerrar sua participação em quatro fundos aberto que investiam exclusivamente em ações globais, de modo a dedicar seus recursos nessa classe de ativos a um único fundo exclusivo do tipo “fundo de fundos”, com uma estratégia mais abrangente, passando a acessar não somente ações no exterior, mas também outros ativos, como renda fixa. Também escolhido após um exaustivo processo de seleção, esse tipo de fundo, sob responsabilidade de um gestor especializado em ativos internacionais, foi viabilizado pelas mudanças na legislação aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional em 2018.

 

Olhando em retrospectiva, a expectativa no início de 2019 era de retomada da economia brasileira concomitante a uma inflação sob controle, o que levaria à redução do nível das taxas de juros no Brasil. Esse cenário se confirmou, muito embora o ritmo da recuperação econômica tenha se revelado bem mais lento do que o imaginado, fortemente influenciado não só pela instabilidade política interna no primeiro ano de mandato do novo governo brasileiro, mas principalmente em função do conturbado cenário geopolítico internacional.

 

No Brasil, o comprometimento do governo com o ajuste das contas públicas, coroado pela aprovação da reforma da Previdência, abriu espaço para uma queda dos juros de maneira muito mais substancial do que se imaginava a princípio, levando a taxa Selic (taxa básica da economia brasileira) a encerrar o ano em 4,5%, o patamar mais baixo da história até aquele momento. No mercado financeiro, além da significativa valorização registrada pela bolsa de valores brasileira, que atingiu em alguns momentos suas máximas históricas, 2019 também será lembrado como um grande ano para a renda fixa, com uma expressiva valorização dos títulos públicos brasileiros.

 

As ações de relacionamento com os participantes seguem sendo um item importante da agenda da Fundação. Para participantes autopatrocinados, assistidos e em benefício diferido, o website do programa de educação da entidade segue sendo um canal de divulgação importante de notícias, artigos, vídeos e cursos de teor financeiro e previdenciário, compondo um acervo de informações à disposição de todos.

 

A Fundação Promon continua cultivando um relacionamento próximo com seus participantes, tendo como foco os funcionários das empresas patrocinadoras e os participantes autopatrocinados, que precisam ser conscientizados da importância de acumulação de uma reserva previdenciária robusta para o longo prazo. Tiveram prosseguimento os ciclos de bate-papos periódicos entre dirigentes da entidade e os participantes ativos, a fim de sanar dúvidas sobre a previdência complementar. Toda a discussão havida no país sobre a reforma da previdência oficial motivou a FPPS a elaborar eventos de esclarecimento sobre a nova legislação com palestrante externo, além da promoção de palestras sobre investimentos pessoais. O website do programa de educação da entidade segue sendo um importante canal de divulgação de notícias, artigos, vídeos e cursos de teor financeiro e previdenciário, compondo um acervo de informações à disposição de todos os participantes.

 

A Fundação continuou a evolução de seus processos de controles internos e de gestão de riscos. Foi concluído no fim de 2019 o ciclo de auditorias internas contratadas da empresa de consultoria Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda., abrangendo detalhadamente todas as atividades operacionais realizadas pela Fundação. Essas auditorias, iniciadas ainda em 2018, não apontaram situações de risco significativo para a FPPS e seus planos, mas indicaram oportunidades de melhoria nos processos de trabalho da entidade e de empresas subcontratadas. Boa parte dessas melhorias já foi implantada, e o restante está em fase final de implementação.

 

A FPPS segue engajada em organizações que contribuem para o desenvolvimento do setor previdenciário complementar, mantendo representantes em fóruns e comitês técnicos da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) e do Grupo de Profissionais de Fundos de Pensão (GPFP) e contando com a participação de um de seus executivos na diretoria da Associação dos Fundos de Pensão e Patrocinadores do Setor Privado (Apep).

 

Todo esse trabalho vem merecendo o reconhecimento dos participantes dos dois planos administrados pela entidade. A pesquisa anual realizada entre os participantes demonstrou, em uma escala de zero a dez, um grau de satisfação com a Fundação na ordem de 9,2, uma nota que vem se mantendo nesse alto patamar nos últimos anos.

 

É esperado que 2020 seja um ano de imensos desafios para os investimentos. A busca por rentabilidade requererá ainda mais seletividade nas aplicações e cuidadosa assunção de riscos, uma vez que as baixas taxas de juros vigentes no Brasil devem seguir reduzidas por algum período, levando os investidores a buscarem prêmios de retorno fora da zona de conforto da renda fixa. Esse ambiente promete ser de continuada volatilidade, frente às incertezas advindas da eleição presidencial nos EUA, da retomada econômica no Brasil e no mundo, dos impactos provocados pela pandemia da COVID-19 e do encaminhamento de novas reformas pelo governo brasileiro, dentre outras.

 

A Fundação, na busca das melhores oportunidades, vem conduzindo análises que deverão resultar em investimentos capazes de oferecer rentabilidades diferenciadas, tais como fundos imobiliários e ativos de crédito privado. Estão na agenda, também, alterações regulamentares no plano MultiFlex, que o tornará mais contemporâneo e adequado às necessidades dos participantes mais jovens.

 

A entidade mantém-se, assim, sólida, viva e inovadora, administrando com rigor e transparência os recursos de seus planos previdenciários e fazendo-se sempre presente para auxiliar a viabilização de uma aposentadoria mais tranquila para seus participantes.