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Informações Financeiras

A FPPS em 2020


A Fundação Promon de Previdência Social (FPPS) foi fundada em 1975 e é a mais antiga entidade fechada de previdência complementar patrocinada por empresa do setor privado em atividade no país.

 

Contando com ativos totais de seus dois planos previdenciários na ordem de R$ 1,79 bilhão no fim de 2020, a entidade vem, durante essas mais de quatro décadas, contabilizando realizações importantes e cumprindo com seu objetivo de contribuir para que seus participantes tenham um futuro financeiramente mais tranquilo. Os resultados financeiros expressivos, conjugados com a qualidade e a atenção no relacionamento com seus participantes, atestam a solidez e a eficácia da Entidade no cumprimento de seu propósito.

 

Ainda que o volume anual de pagamentos de benefícios previdenciários, que alcançou o expressivo volume de R$ 115,3 milhões, tenha sido significativamente superior ao valor das contribuições previdenciárias recebidas no ano para os participantes ativos e autopatrocinados, que foi de R$ 20,7 milhões, o patrimônio da Fundação seguiu crescendo, fechando o ano 3,6% maior que em 2019. No total, a Fundação finalizou o período com 2.600 participantes, um patamar ligeiramente inferior ao ano anterior.

 

O plano Promon MultiFlex, da modalidade contribuição definida, encerrou o ano com 2.083 participantes e ativos totais da ordem de R$ 823,7 milhões, que apresentaram uma rentabilidade de 7,2%, significativamente acima do CDI, cuja variação foi de 2,8%, e cerca de 1,7% acima da inflação medida pelo INPC. O bom desempenho do plano talvez não reflita a gravidade do cenário global enfrentado, mas certamente demonstra o acerto das decisões de alocação de sua carteira de investimentos, sempre permeadas pelo espírito de preservação de capital, natural ao objetivo previdenciário do plano, e aderentes ao perfil de risco dos participantes do MultiFlex.

 

O plano Promon BásicoPlus, da modalidade benefício definido e que se encontra fechado para novas adesões desde 2005, apresentou 517 participantes e ativos totais de R$ 965,9 milhões no fim de 2020. Registrou uma rentabilidade de 11,2% no ano, ligeiramente acima de sua meta atuarial de 10,7%, o que levou ao aumento do superavit técnico do plano, que atingiu R$ 161,0 milhões, em adição ao fundo já constituído no fim de 2017 para destinação em parte a seus participantes e em parte às patrocinadoras, que alcançou o patamar de R$ 91,3 milhões no fim do exercício. Esse valor é fruto de valores excedentes de exercícios anteriores.

 

O ano de 2020 apresentou um dos mais desafiadores cenários econômicos já vividos pela sociedade brasileira e, consequentemente, pelos gestores de recursos financeiros, resultado da pandemia de Covid-19, que veio se somar às turbulências já previstas no início do ano, como a continuação da guerra econômica entre Estados Unidos e China, a implementação do Brexit e os processos eleitorais norte-americano e brasileiro.

 

Em um primeiro momento, de fevereiro até abril, tivemos uma parada brusca da economia global, com muitos países adotando quarentenas rigorosas ou mesmo decretando lockdown, o que levou a uma interrupção quase que completa. Observamos uma forte desaceleração do crescimento e uma acentuada queda dos mercados financeiros globais. Em março vivenciamos a queda mais rápida e acentuada das bolsas na história, tanto no mundo quanto no Brasil.

 

Os bancos centrais adotaram medidas de injeção de liquidez sem precedentes, o que ajudou a estabilizar os ativos de risco, mas que não foram suficientes para reverter a crise. Ao contrário da crise de 2008, em que o próprio sistema financeiro tinha sido a fonte do problema, esta crise teve origem na economia real e, assim, foram necessárias medidas que atuassem nesta direção. Diversos governos ao redor do mundo, em uma ação não coordenada, implementaram pacotes fiscais da ordem de 2% a 10% do PIB de cada país, que visavam criar uma rede de proteção social e suporte à economia real para ajudar a sociedade a atravessar a crise de uma forma um pouco menos traumática. De meados de abril até agosto, o mercado financeiro enxurrado de liquidez e as boas perspectivas de reabertura econômica produziram uma toada bastante positiva, que provocaram o início da recuperação dos valores dos ativos financeiros, ainda que, do ponto de vista da economia real, a recuperação tenha se mostrado extremamente errática e heterogênea entre diferentes regiões do mundo e setores da economia.

 

A partir de setembro as economias desenvolvidas e algumas em desenvolvimento, como o Brasil, entraram em uma terceira fase, com o recrudescimento da pandemia e novas ações de isolamento social e de restrições ao funcionamento do comércio e do setor de serviços impostas por vários governos.

 

Acreditamos que em meados de 2021 poderemos iniciar uma quarta fase, a partir da disseminação das campanhas de vacinação pelo mundo e da melhoria dos protocolos de tratamento da doença, com uma retomada econômica mais generalizada entre os países.

 

No Brasil, todos esses movimentos, que provocaram um aumento significativo da dívida interna, não alteraram a continuidade de queda da taxa Selic (taxa básica da economia brasileira), que terminou o ano em 2,0%, o patamar mais baixo da história, após ter iniciado 2020 em 4,5%. Isso levou obrigatoriamente os gestores de ativos financeiros a continuar perseguindo prêmios de retorno fora da zona de conforto da renda fixa tradicional, apostando em investimentos de maior risco, mas que pudessem rentabilizar de forma adequada suas carteiras.

 

A partir desse panorama, a Fundação buscou realizar, ao longo do ano, alterações nos investimentos, visando a contínua adequação à carteira de seus dois planos, dando prosseguimento ao movimento iniciado ainda em 2019. O percentual alocado em renda fixa nas carteiras foi reduzido, e foram incorporados novos ativos nas subclasses de fundos sistemáticos, fundos imobiliários e crédito privado.

 

Em 2020, o novo coronavírus pegou a todos de surpresa e, assim como aconteceu nas organizações em todo mundo, o uso coordenado do trabalho remoto, das jornadas flexíveis, da tecnologia e das equipes virtuais permitiu que a Fundação Promon continuasse a operar e ao mesmo tempo cuidar de sua equipe, já que o trabalho pôde ser feito da forma mais segura e saudável possível diante das circunstâncias.

 

O relacionamento próximo com os participantes continua sendo uma prioridade da Fundação. Nesse contexto, a comunicação precisou favorecer a flexibilidade e adquirir um fluxo mais intenso e constante. Em 2020, tendo como foco os funcionários das empresas patrocinadoras e os participantes autopatrocinados, que precisam ser conscientizados da importância da acumulação de uma reserva previdenciária robusta para o longo prazo. Tiveram prosseguimento os ciclos de bate-papos periódicos entre os dirigentes da entidade e os participantes ativos, a fim de sanar dúvidas sobre a previdência complementar. Todos os participantes – ativos, autopatrocinados, em benefício diferido e assistidos – tiveram a oportunidade de participar de webinars promovidos pela Fundação sobre temas como os investimentos do plano MultiFlex, fundos imobiliários e as alterações promovidas no regulamento do MultiFlex, que tornaram o plano mais contemporâneo e adequado às necessidades dos participantes mais jovens.

 

O website do programa de educação financeira da entidade foi liberado, sem necessidade de senha, de modo a facilitar o acesso de todos às informações, tornando-se assim um importante canal de divulgação de notícias, artigos, vídeos e cursos de teor financeiro e previdenciário, cujo acervo de informações está à disposição de todos os participantes. Além disso, o website da Fundação foi reestruturado, com a incorporação de novas informações sobre os planos e com um novo simulador de benefícios para os participantes do MultiFlex.

 

Seguindo uma tradição de décadas, a FPPS segue engajada em organizações que contribuem para o desenvolvimento do setor previdenciário complementar. Seus profissionais participam de comitês técnicos da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) e do Grupo de Profissionais de Fundos de Pensão (GPFP) e um de seus executivos compõe a diretoria da Associação dos Fundos de Pensão e Patrocinadores do Setor Privado (Apep).

 

Todo esse trabalho vem merecendo o reconhecimento dos participantes dos dois planos administrados pela entidade. A pesquisa anual realizada entre os participantes demonstrou, em uma escala de zero a dez, um grau de satisfação com a Fundação na ordem de 9,3, uma nota que vem se mantendo nesse alto patamar nos últimos anos.

 

O ano de 2021 começa registrando a mudança de escritório da Fundação para um espaço mais moderno e adequado às suas necessidades, com autonomia frente às suas patrocinadoras. Será um ano de imensos desafios. A busca por rentabilidade requererá a continuação da seletividade nas aplicações e cuidadosa assunção de riscos, uma vez que as baixas taxas de juros vigentes no Brasil devem seguir em patamar reduzido, ainda que já se possa vislumbrar o início de um novo ciclo de subida das taxas pelo Banco Central brasileiro – o que torna o ambiente ainda mais complexo. Esse ambiente promete ser de continuada volatilidade, frente às incertezas advindas do ritmo de recuperação tanto da economia mundial quanto da brasileira pós-pandemia, bem como do encaminhamento de novas reformas pelo governo brasileiro e da convergência da inflação, entre outras questões.

 

Vale ressaltar que nossos planos de previdência, como qualquer outro, são desenhados para o longo prazo. Portanto, nossa equipe que define a política de investimentos e acompanha o desempenho da carteira já considera eventuais momentos de volatilidade e certamente se aprimorará ainda mais fazendo com que a Fundação, na busca por agregar cada vez mais valor à sua oferta e continue conduzindo análises que deverão resultar em investimentos capazes de oferecer rentabilidades diferenciadas a cada perfil de participante, no plano MultiFlex.

 

A entidade mantém-se, assim, viva e inovadora, administrando com solidez, rigor e transparência os recursos de seus planos previdenciários e fazendo-se sempre presente, fiel ao propósito que inspirou sua criação: ser um parceiro para auxiliar a viabilização de uma aposentadoria mais tranquila para seus participantes.