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Informações Financeiras

A FPPS em 2018


A Fundação Promon de Previdência Social (FPPS) foi fundada em 1975 e é atualmente a mais antiga entidade fechada de previdência complementar patrocinada por empresa do setor privado em atividade no país. Durante esses 43 anos, vem contabilizando vitalidade e resultados expressivos, atestando o sucesso e a eficácia das estratégias adotadas na gestão dos recursos financeiros de seus participantes.

 

Seguindo a tendência histórica, 2018 foi mais um ano no qual os dois planos previdenciários administrados pela FPPS apresentaram rentabilidade muito relevante, acima de ambas as metas. A FPPS registrou ativos totais desses planos de R$ 1,6 bilhão no fim de 2018, R$ 65 milhões a mais do que no ano anterior. Cumprindo seu maior objetivo, ao longo do ano a entidade pagou R$ 87,2 milhões em benefícios previdenciários aos seus 756 participantes assistidos e recebeu contribuições no valor de R$ 19,5 milhões para seus 1.631 participantes ativos e autopatrocinados. No total, a Fundação finalizou o período com 2.498 participantes, número semelhante ao do ano anterior. São 1.969 participantes no plano Promon MultiFlex, da modalidade contribuição definida, e 529 participantes no plano Promon BásicoPlus, da modalidade benefício definido.

 

Em linha com o que já havia ocorrido em 2016 e 2017, principalmente em função do impeachment da presidente Dilma Rousseff e dos desdobramentos em torno desse episódio, o ano de 2018, como previsto no planejamento da Fundação para a elaboração das Políticas de Investimentos dos planos, também foi marcado por incertezas e desafios, resultado de turbulências políticas e econômicas, no Brasil e no exterior.

 

O cenário econômico internacional começou o ano bastante favorável, fundamentado em um crescimento global que se mostrava sincronizado entre as economias desenvolvidas e que, ainda que estivesse levando à gradual redução da liquidez internacional, possibilitava desempenhos bastante positivos, inclusive entre os países emergentes. Entretanto, em poucos meses esse crescimento passou a dar sinais de esgotamento e involuiu para um sentimento geral de aversão a riscos, agravado pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, as duas principais potências comerciais globais, e desalinhamentos cada vez maiores entre as economias dos países desenvolvidos. Entre subidas e descidas dos mercados, esse quadro provocou a queda das bolsas de valores globais e a forte desvalorização das moedas dos países emergentes em geral, juntamente com o fortalecimento do dólar norte-americano e crises severas nas economias emergentes mais fragilizadas, como a Argentina e a Turquia.

 

No Brasil, o Banco Central baixou, no mês de março, a taxa Selic para 6,5% ao ano, seu mínimo patamar histórico, e, por força do baixo crescimento e da elevada ociosidade da economia, conseguiu manter a taxa nesse nível e ancorar a inflação oficial medida pelo IPCA em notáveis 3,75% no fim de 2018. No entanto, os fatores positivos, aliados à manutenção do equilíbrio nas contas externas e ao elevado nível de reservas internacionais do país, não foram suficientes para desviar o foco do mercado financeiro dos problemas domésticos, com destaque para a deficiência estrutural das contas públicas e o elevado nível do endividamento do Estado. Como também previsto, os eventos relacionados ao certame eleitoral polarizado contribuíram decisivamente para a manutenção de um cenário de incertezas.

 

Nesse ambiente complexo e turbulento, os dois planos previdenciários da Fundação tiveram um desempenho bastante interessante.

 

O plano Promon MultiFlex encerrou o ano com ativos totais da ordem de R$ 712 milhões, que apresentaram uma rentabilidade de 7,9%, bastante acima da inflação e do CDI, seu benchmark, cuja variação foi de 6,4%. O bom desempenho do plano demonstra o acerto da alocação de sua carteira de investimentos ao longo do ano.

 

O plano Promon BásicoPlus, fechado para novas adesões desde 2005, detinha ativos totais de R$ 884 milhões no fim de 2018 e apresentou uma rentabilidade de 10,0% no ano, bem acima de sua meta atuarial de 9,1%. Isso possibilitou o registro de um superavit técnico ainda maior do que no período anterior, de R$ 135 milhões, compreendido por uma reserva de contingência de R$ 122 milhões e uma reserva especial de pouco menos de R$ 13 milhões. Adicionalmente, o fundo previdencial de revisão de plano, que havia sido constituído no fim de 2017 para destinação em parte aos seus participantes e em parte às patrocinadoras, alcançou um saldo de R$ 100 milhões. Esse valor é fruto de valores excedentes dos exercícios anteriores. Em junho de 2018, como determina a legislação, a Fundação encaminhou à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), o órgão do Ministério da Economia que monitora e fiscaliza os fundos de pensão, a documentação que subsidia esse processo de destinação.

 

As ações de relacionamento com os participantes seguem sendo um item importante da agenda da Fundação. Para participantes autopatrocinados, assistidos e em benefício diferido, o website do programa de educação da entidade segue sendo um canal de divulgação importante de notícias, artigos, vídeos e cursos de teor financeiro e previdenciário, compondo um acervo de informações à disposição de todos.

 

Os participantes ativos são o foco maior das ações de comunicação, uma vez que uma das principais preocupações da entidade é com a conscientização da importância de acumulação de uma reserva previdenciária robusta pelos profissionais. Para eles, foram promovidos ciclos de bate-papos entre a entidade e grupos reduzidos de participantes, segmentados por faixa etária, visando entender suas expectativas quanto à aposentadoria, apresentar detalhes sobre o plano MultiFlex e tirar dúvidas sobre a previdência complementar. Todos os funcionários foram convidados para esses eventos, que terão continuidade em 2019, tanto para os novos funcionários das patrocinadoras quanto para os participantes interessados que não puderam comparecer aos eventos anteriores.

 

A Fundação continuou a monitorar seus processos de controle interno e de gestão de riscos. De modo a reforçar esses processos, a Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. foi contratada para realizar um ciclo de auditorias internas, abrangendo detalhadamente todas as atividades realizadas pela Fundação. Essas auditorias, que foram iniciadas no primeiro semestre de 2018 e se encerrarão no fim do primeiro semestre de 2019, não apontaram, até agora, situações de risco significativo para a FPPS e seus planos, mas indicaram oportunidades de melhoria nos processos de trabalho da entidade e de empresas subcontratadas, que estão em fase de implementação.

 

A FPPS continua, ainda, engajada em organizações que contribuem para o desenvolvimento do setor previdenciário complementar, mantendo representantes em fóruns da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) e participando, por meio de seus executivos, da Associação dos Fundos de Pensão de Empresas Privadas (Apep) e do Grupo de Profissionais de Fundos de Pensão (GPFP).

 

Todo esse trabalho vem merecendo o reconhecimento dos participantes dos dois planos administrados pela entidade. A pesquisa anual realizada entre os participantes demonstrou, em uma escala de zero a dez, um grau de satisfação com a Fundação na ordem de 8,8, uma nota que vem se mantendo nesse alto patamar nos últimos anos.

 

Em 2019, o cenário econômico esperado continuará sendo desafiador para os investimentos. Do lado externo, haverá maior seletividade dos investidores estrangeiros, envoltos por menores taxas de crescimento global e por um nível mais elevado de juros internacionais, que levam naturalmente a uma condição de liquidez ainda mais restritiva do que se viu no passado recente. Do lado interno, o mercado financeiro indica que, à luz do continuado baixo crescimento e da elevada ociosidade da economia brasileira, as baixas taxas de juros devem ser mantidas ao longo do ano, reduzindo a atratividade das aplicações de renda fixa e, em consequência, levando os investidores a buscarem prêmios de rentabilidade nas aplicações de renda variável e nos investimentos estruturados, conforme o risco associado ao encaminhamento adequado da grave questão fiscal brasileira, com destaque para a reforma da Previdência oficial.

 

A FPPS mantém-se sólida e cheia de ideias, administrando com rigor, eficiência e transparência os recursos de seus planos previdenciários, sempre fiel ao propósito que levou à sua criação: a viabilização de uma aposentadoria mais tranquila para os profissionais das empresas da organização Promon.